As empresas de armas e serviços militares sediadas nos EUA e em países da Europa Ocidental continuam a dominar o mercado mundial de armamento, que em 2014 se fixou em 364 biliões de euros. De acordo com números divulgados pelo Instituto Internacional de Estocolmo de Pesquisa para a Paz (SIPRI, na sigla inglesa), citados pela Lusa, as companhias dos dois blocos imperialistas ocidentais predominam num ranking de cem empresas, detendo, no conjunto, 80 por cento da quota mundial.

A norte-americana Lockheed Martin continua a figurar no primeiro lugar, registando um aumento das vendas no ano passado, em contra-ciclo, aliás, com o verificado no sector, o qual, também segundo o SIPRI, tem vindo a verificar uma queda nas vendas desde 2011.

Os dados do SIPRI indicam, ainda, que as 36 empresas não norte-americanas ou oeste-europeias que representam a restante quota de mercado, consolidaram o crescimento observado nos últimos anos, com destaque para as russas, impulsionadas pela renovação das forças armadas de Moscovo, e pelos negócios com a Índia e a China.

Um total de 15 empresas asiáticas, com destaque para uma turca e outra sul-coreana, entraram na lista elaborada pelo SIPRI com aumentos nas vendas, mas nenhuma delas é chinesa, o que, explica o Instituto, se deve ao facto de sobre a República Popular da China não existirem dados susceptíveis de avaliação comparativa.